A existência de impasses entre os colaboradores é uma consequência comportamental, de ideias divergentes ou circunstâncias do ambiente de trabalho. A situação resulta em desvantagens tanto para a empresa quanto para o funcionário, por isso, a gestão de conflitos é uma estratégia essencial.
O ideal é a atuação preventiva, ou seja, durante o recrutamento e seleção dos colaboradores e antes que atritos virem problemas complexos. Entretanto, também há situações no cotidiano que devem receber atenção para não ser estabelecido um clima organizacional negativo. Para isso, é comum a participação de uma terceira pessoa para cumprir o papel de mediador.
Confira a seguir a importância do papel do mediador, as técnicas para efetuar corretamente a gestão de conflitos nas organizações e soluções para prevenir o atrito no ambiente de trabalho.
Navegue para entender sobre a gestão de conflitos:
O que é a gestão de conflitos?
A gestão de conflitos é um planejamento estratégico de ações e medidas para evitar, controlar e solucionar problemas. Ao adotar esse sistema nas empresas, o objetivo é manter o ambiente corporativo saudável, além do bem-estar e da qualidade de vida dos colaboradores.
A importância de evitar e solucionar os conflitos
Além de relacionamento saudável entre os colaboradores, e o clima do ambiente de trabalho leve e colaborativo, a gestão de conflitos é importante para dar espaço para a diversidade de pensamento. Outro ponto é que essa combinação abre espaço para o progresso, otimização dos resultados, engajamento dos funcionários, colaboração entre as equipes, fortalecimento da cultura empresarial e desenvolvimento sustentável da empresa.
Antes de entender quais são as atitudes recomendadas para efetuar a gestão de conflito, é necessário entender primeiro como os conflitos surgem.
Os conflitos são classificados em 3 tipos: pessoal, interpessoal ou organizacional. Enquanto os conflitos de ordem pessoal e interpessoal estão relacionados a individualidades, o organizacional é consequência da empresa.
Entenda os impasses de cada tipo de conflito:
Conflito pessoal
O pessoal é consequência das atitudes e comportamento dos colaboradores diante das diversas situações. Esses fatores podem causar insatisfações e frustrações em terceiros e, com isso, a questão se transformar em um conflito interpessoal.
Conflito interpessoal
Esse tipo de conflito surge a partir de diferentes perspectivas e personalidades, resultando na discordância de opiniões ou valores pessoais.
Conflito organizacional
Este caso não está relacionado a particularidades, mas a circunstâncias no ambiente de trabalho, como demissões, queda de lucratividade, pressão para a entrega de resultados, longas jornadas de trabalho, competição entre departamentos e comportamentos tóxicos (bullying, assédio moral, discriminação, entre outros). Estas situações podem surgir a partir de:
- Mudanças (no quadro de funcionários, comportamentais ou tecnológicas);
- Limitação de recursos financeiros ou de pessoas;
- Falta de comunicação e união entre os setores da empresa;
- Ausência ou falha de cultura da empresa, liderança e/ou direcionamento;
- Abuso de poder.
Então, indiferente do tipo de conflito, a situação é negativa e pode ser agravada, resultando em problemas recorrentes de:
- Absenteísmo (faltas ou atrasos frequentes);
- Presenteísmo (colaborador está presente, mas não foca no trabalho);
- Quiet quitting;
- Queda na produtividade, concentração e engajamento;
- Aumento de estresse;
- Turn over: dificuldades na retenção de talentos e alta rotatividade;
- Ambiente tóxico;
- Adoecimento mental (depressão e síndrome de burnout).
Então, as providências devem ser tomadas rapidamente e não é recomendado adiar a intervenção e mediação da situação, pois a tendência é a piora contínua.
Como pessoas são complexas e conflitos são situações delicadas, é necessário atenção, cuidado e humanização para administrar eficientemente cada caso. Por isso, é comum que o mediador seja um funcionário em posição de liderança ou do RH, já que estes conhecem os colaboradores e possuem relação de confiança.
O papel do mediador na gestão de conflitos
O mediador tem o papel de chegar a uma conclusão para os conflitos que existem, mas também deve estar atento a possíveis situações de atritos que podem virar um problema mais adiante. Por isso, deve ser um funcionário qualificado para lidar com gestão de pessoas e técnicas de mediação de conflitos, como a negociação e a integração.
Mas, como essa interferência deve acontecer?
Como fazer a gestão de conflitos corretamente?
O mediador deve considerar cada situação e as individualidades de cada colaborador para escolher a melhor técnica para evitar ou solucionar os atritos e conflitos.
As principais técnicas para a gestão de conflitos são:
- Prevenção: consiste em evitar que uma situação se torne um conflito;
- Negociação: chega-se a uma solução equilibrada na qual ambos os lados cedem e chega a uma conclusão;
- Integração: proporciona um ambiente acolhedor para gerenciar a troca de ideias e debate das divergências até que as partes aceitem as diferenças.
A partir disso, é fundamental que o mediador pense e pondere qual destas é a melhor estratégia para solucionar as diferenças e divergências.
O ponto principal é que as negociações devem ser baseadas em respeito, empatia e diálogo, por isso, é extremamente importante que o mediador escute todos os lados e mantenha a neutralidade enquanto busca a melhor solução para o conflito.
O passo a passo para fazer a gestão do conflito corretamente é:
- Identificar o problema;
- Entender toda a situação e o ponto de vista de cada um dos envolvidos;
- Pensar qual a melhor técnica e o meio-termo para resolver ou amenizar o conflito;
- Aplicar a decisão incentivando a colaboração e coletividade;
- Acompanhar os resultados para conferir efetividade.
Como prevenir os conflitos?
O ideal para o ambiente de trabalho é o investimento em um plano de contenção para evitar os conflitos e acelerar a interferência nos atritos antes que a situação ganhe proporção a ponto de ser complexa e de difícil resolução.
A dica principal é usar ferramentas que estimulem a comunicação, a empatia, o feedback e formas saudáveis de se expressar.
Alguns exemplos de medidas preventivas que a empresa pode investir são:
- Normas e conduta que transmitam os valores da organização;
- Canais de comunicação interna;
- Confraternizações em datas comemorativas e momentos de descontração como happy hour;
- Ouvidoria anônima para os colabores se sentirem confortáveis para indicar problemas;
- Avaliação de fit cultural durante os processos seletivos.
Leia mais: Fit cultural: veja como avaliar o candidato da maneira certa
Assim, o ambiente da sua empresa se mantém estimulante e os funcionários engajados e motivados.
Entendeu como a mediação de conflitos deve ser conduzida?
A gestão de conflitos é uma estratégia para manter o clima organizacional harmônico e colaborativo, melhorar a comunicação e o engajamento dos colaboradores. A prática deve ser preventiva e começar no processo de recrutamento e seleção com um líder ou funcionário do RH devidamente qualificados cumprindo o papel de mediador.
Para evitar contratações erradas e riscos de conflitos que afetem o ambiente de trabalho, a HR4 oferece o serviço de processo seletivo criterioso para atender às necessidades de diferentes setores do mercado, áreas de atuação e níveis de cargos.
Dúvidas frequentes sobre gestão de conflitos:
O que é gestão de conflitos?
A gestão de conflitos é um planejamento estratégico de ações e medidas para evitar, controlar e solucionar problemas. O objetivo é manter o ambiente corporativo saudável, além do bem-estar e da qualidade de vida dos colaboradores.
Qual a importância da gestão de conflitos?
Além de relacionamento entre os colaboradores saudável e o clima do ambiente de trabalho leve e colaborativo, a gestão de conflitos é importante para dar espaço para a diversidade de pensamento, otimizar os resultados, engajar os funcionários e fortalecer a cultura empresarial.
Como fazer a gestão de conflitos?
O passo a passo para fazer a gestão do conflito corretamente é:
- Identificar o problema;
- Entender toda a situação e o ponto de vista de cada um dos envolvidos;
- Pensar qual a melhor técnica e o meio-termo para resolver ou amenizar o conflito;
- Aplicar a decisão incentivando a colaboração e coletividade;
- Acompanhar os resultados para conferir efetividade.